Há uma crise na saúde ... uma grave crise! E esta crise não é decorrente da falta de recursos, de unidades de saúde, de profissionais. É uma crise na forma de construir a saúde! Estamos esquecendo o que há de mais nobre na atenção à saúde das pessoas: A ARTE DO CUIDADO!
Os avanços tecnológicos (indispensáveis) nos permitem ter "a resposta" para a grande maioria das doenças ... Mas, como não lidamos com doenças, e sim com pessoas, muitas vezes este avanço tecnológico fica restrito aos livros e artigos científicos.
Precisamos (re)aprender a lidar com gente.
Precisamos (re) aprender a cuidar das pessoas.
Humanizar a saúde.
Afinal de contas, a doença só existe mesmo nos livros. No cotidiano da saúde, o que vamos encontrar são pessoas que sofrem, que precisam de alivio e cuidado ... por isso, precisamos ser GENTE QUE CUIDA DE GENTE!!!

O objetivo deste Blog é propiciar um espaço de discussão, de reflexão e de cuidado!

Bem vindos!!!

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Relatório Mundial da Saúde 2008


A Organização Mundial de Saúde divulgou o Relatório Mundial de Saúde 2008, que trata da Atenção Primária a Saúde.




"À medida que as nações procuram reforçar os seus sistemas de saúde, procuramtambém, cada vez mais, um sentido e orientações nos cuidados de saúde primários (CSP). O Relatório Mundial de Saúde de 2008, faz uma análise de como é que, com as reformas dos CSP, que corporizam princípios de acesso universal, de equidade e de justiça social, estes se tornam num elemento essencial da resposta aos desafios da saúde, num mundo em mudança rápida, e às expectativas crescentes, dos países e dos seus cidadãos, em relação à saúde e cuidados de saúde.

O relatório identifica quatro pacotes de reformas dos CSP, interligadas, que ambicionam: conseguir acesso e proteção social universais, para melhorar a equidade em saúde; a reorganização da prestação de serviços, orientada para as necessidades e as expectativas das pessoas; melhores políticas públicas para comunidades mais saudáveis; e a remodelação da liderança da saúde, para que contribua para um governo mais eficaz com a participação ativa de parceiros relevantes.

Este relatório surge 30 anos após a conferência de Alma-Ata, de 1978, sobre CSP, em que foi acordado corrigir, em todos os países, as desigualdades em saúde “política, social e economicamente inaceitáveis”.

Muito foi conseguido: se as crianças continuassem a morrer às taxas de 1978, teriam havido 16,2 milhões de mortes infantis, globalmente, em 2006, em vez das 9,5 milhões de mortes que foram observadas. Contudo, este progresso na saúde foi profunda e inaceitavelmente desigual, com muitas populações desfavorecidas a ficarem cada vez mais para trás ou a perderem terreno.

Entretanto, a natureza dos problemas de saúde está a modificar-se dramaticamente. A urbanização, a globalização e outros fatores aceleram a transmissão mundial de doenças infecciosas, e aumentam o peso das doenças crônicas. As alterações climáticas e a insegurança alimentar terão enormes implicações para a saúde no futuro, criando, deste modo, desafios enormes para uma resposta efetiva e equitativa.

Face a tudo isto, a pretensão de que tudo continua na mesma para os sistemas de saúde, não é aceitável. Muitos sistemas parecem andar à deriva, de uma prioridade imediatista para outra, cada vez mais fragmentados, e sem um sentido forte de que respostas desenvolver para o que está para vir.

Felizmente, o ambiente internacional atual é favorável a uma renovação dos CSP. A saúde global está a receber uma atenção sem precedentes. Há cada vez mais interesse em ações conjuntas, com apelos ao acesso universal, à compreensividade e à saúde em todas as políticas. Nunca as expectativas foram tão elevadas.

Capitalizando-se neste interesse, o investimento nas reformas dos CSP pode transformar os sistemas da saúde e melhorar a saúde dos indivíduos, das famílias e das comunidades. Para todos os interessados, em saber como garantir o progresso em saúde no século XXI, o Relatório Mundial da Saúde de 2008 é leitura indispensável.

Acesse o Relatório Mundial da Saúde 2008 clicando aqui."
(Fonte: Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde)

Nenhum comentário: