Há uma crise na saúde ... uma grave crise! E esta crise não é decorrente da falta de recursos, de unidades de saúde, de profissionais. É uma crise na forma de construir a saúde! Estamos esquecendo o que há de mais nobre na atenção à saúde das pessoas: A ARTE DO CUIDADO!
Os avanços tecnológicos (indispensáveis) nos permitem ter "a resposta" para a grande maioria das doenças ... Mas, como não lidamos com doenças, e sim com pessoas, muitas vezes este avanço tecnológico fica restrito aos livros e artigos científicos.
Precisamos (re)aprender a lidar com gente.
Precisamos (re) aprender a cuidar das pessoas.
Humanizar a saúde.
Afinal de contas, a doença só existe mesmo nos livros. No cotidiano da saúde, o que vamos encontrar são pessoas que sofrem, que precisam de alivio e cuidado ... por isso, precisamos ser GENTE QUE CUIDA DE GENTE!!!

O objetivo deste Blog é propiciar um espaço de discussão, de reflexão e de cuidado!

Bem vindos!!!

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011





O que aconteceu na Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro nos traz uma grande tristeza! Mais que isso, diante destas situações, nos sentimos impotentes, não é?
Mas podemos amenizar a dor das pessoas que estão sofrendo tanto com isso tudo!
Como???

- Neste momento, a doação de sangue é fundamental! Veja no site do HEMORIO como fazer isso!


- Há diversos postos de doação (roupas, alimentos não-perecíveis, água). A Cruz Vermelha, os Batalhões da Politica Militar do Estado do Rio de Janeiro e os quartéis do Corpo de Bombeiro são postos de coleta de donativos.


A UNIGRANRIO tambem está recolhendo donativos para as vítimas das enxentes.


A SOLIDARIEDADE É UMA DAS FORMAS MAIS LINDAS DE CUIDADO!!!

quarta-feira, 31 de março de 2010

Um panorama da saúde no Brasil




O IBGE e o Ministério da Saúde divulgaram os resultados da pesquisa Um panorama da saúde no Brasil: acesso e utilização dos serviços, condições de saúde e fatores de risco e proteção à saúde - 2008.

A pesquisa foi feita com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD e traz algumas informações bem interessantes sobre a situação de saúde dos brasileiros.

Para ter acesso a públicação, clique aqui!

sexta-feira, 5 de março de 2010

VACINAÇÃO CONTRA A GRIPE


Na próxima senaba o Minsitério da Saúde comeaça a vacinação contra a gripe!
O Ministério da Saúde dividiu a campanha em etapas. A campanha começa com os profissionais de saúde e indígenas.

Para saber mais sobre a Campanha de Vacinação contra a Gripe, clique AQUI.

ESTRATÉGIA NACIONAL DE ENFRENTAMENTO DA SEGUNDA ONDA DA PANDEMIA DE GRIPE A

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

HUMANIZAÇÃO DA SAÚDE



Falar em Humanização da Saúde sempre me pareceu uma coisa estranha ... como assim, humanizar algo que deveria ser, por sua própria natureza, uma prática humana??? Cuidar não é uma prática típica do ser humano???
Infelizmente as coisas não tem sido bem assim! Estamos trocando a tecnologia pelo cuidado; os exames, antes complementares, se tornam o foco da atenção ao paciente. O profissional de saúde passa a ser compleementar a tecnologia, quando deveria ser exatamente o inverso!
Preocupado com isso, o Ministério da Saúde tem investido na Humanização da Saúde:

"Em razão do acelerado processo de desenvolvimento tecnológico em medicina, a singularidade do paciente — emoções, crenças e valores — ficou em segundo plano; sua doença passou a ser objeto do saber reconhecido cientificamente. O ato médico, portanto, se desumanizou. No mesmo processo, ocorreram transformações na formação médica, cada vez mais especializada, e nas condições de trabalho, restringindo a disponibilidade do médico tanto para o contato com o paciente quanto para a busca de formação mais abrangente. As atuais condições do exercício da medicina não têm contribuído para a melhoria do relacionamento entre médicos e pacientes e para o atendimento humanizado e de boa qualidade. Esse quadro estende-se tanto a outros profissionais da área como a instituições de saúde.
Alguns projetos de humanização vêm sendo desenvolvidos, há muitos anos, em áreas específicas da assistência, por exemplo, na saúde da mulher (humanização do parto) e na saúde da criança (Projeto Canguru, para recém-nascidos de baixo pe­so). Atualmente têm sido propostas diversas ações visando à implantação de programas de humanização nas instituições de saúde, especialmente nos hospitais. Principalmente na assistência pediátrica, vários pro­jetos e ações desenvolvem atividades ligadas a artes plásticas, música, teatro, lazer, recreação. "



Vale a pena visitar o site da Humanização da Saúde e do HumanizaSUS para conhecer um pouquinho mais sobre este tema tão relevante para a saúde!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

domingo, 24 de janeiro de 2010

Mesmo com cura, hanseníase ainda se espalha pelo país




RIO - No ano 2000, quando recebeu um telefonema do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Mohran), convidando-o para trabalhar como voluntário no combate à doença, o cantor Ney Matogrosso levou um susto, mostra reportagem de Carolina Benevides neste domingo.

O cantor conhecia a doença porque a mãe criou uma menina vinda de um leprosário, mas achava que a hanseníase não existia mais.Desde então, Ney faz campanhas de esclarecimento em todo o país.

- Ainda há muito preconceito, e o governo parece não querer acabar com a doença.

Uma das enfermidades mais antigas do mundo, a hanseníase passou a ter cura na década de 40, quando as pessoas eram isoladas compulsoriamente. Desde a década de 90, a Organização Mundial da Saúde (OMS) distribui a medicação de graça. No Brasil, pacientes reclamam que falta remédio por causa da burocracia alfandegária e também por causa da subnotificação.

- Percorremos o país conversando com as pessoas e sabemos que, mesmo sendo obrigados a notificar todos os casos, que alguns médicos não cumprem, o que faz com que remédios faltem especialmente no interior. Além disso, em estados do Sul, o tratamento que deve levar no máximo um ano, leva 36 meses porque os pacientes acham que assim ficarão mais curados - conta Artur Custódio, coordenador do Mohran.

Segundo dados da OMS, o Brasil fechou o ano de 2008 com 39 mil novos casos de hanseníase diagnosticados, atrás apenas da Índia, responsável por 54% de todos os 249 mil casos registrados no mundo. Mas aparece como o número um do ranking se a conta for feita segundo a taxa de prevalência da doença: com população de 190 milhões de habitantes, o país tinha em 2007 taxa de 21,94 casos para cada 100 mil habitantes. Além disso, ainda segundo a OMS, nas Américas, o Brasil é líder no ranking de novos casos: foram 44,4 mil em 2006, dos 47, 6 mil diagnosticados em 51 países. O país também é um dos três, ao lado do Nepal e do Timor Leste, que não conseguiram cumprir a meta, firmada em 1991, de ter um caso da doença para cada 10 mil habitantes até 2005.

O Ministério da Saúde reconhece que a meta não foi cumprida, mas ressalta que isso não é importante e que a taxa de prevalência vem caindo desde 2007. Segundo dados do ministério, em 1994 foram registrados 3.055 casos em menores de 15 anos. Em 2007, foram 2.148. Coordenadora do Programa Nacional de Controle da Hanseníase, Maria Aparecida de Faria Grossi, diz que o país tem que "se orgulhar das condutas para tratar da hanseníase".

MATÉRIA PUBLICADA NO JORNAL O GLOBO DE 24/01/2010

sábado, 23 de janeiro de 2010

ENQUANTO AS AULAS NÃO COMEÇAM ...


POR UM FIO ...



Depois de relatar sua experiência como médico voluntário no que foi o maior complexo penitenciário da América Latina em Estação Carandiru, o médico Dráuzio Varella lança um novo livro, Por um Fio, voltando-se agora para sua longa experiência de cancerologista e reflete sobre o impacto da perspectiva da morte no comportamento de pacientes e seus familiares. "Foram três anos de escrita, em que busquei o oposto do Carandiru", conta.

Varella conviveu cotidianamente com doentes graves, vítimas de câncer e de enfermidades decorrentes da aids, durante 30 anos, período em que presenciou histórias significativas e reveladoras da alma humana diante da proximidade da morte. De um lado, a reação dos que se descobrem doentes, que variava da surpresa desesperada ao silêncio conformado. E, do outro, a diferente atitude dos parentes, alguns muito dedicados, outros mesquinhos ao extremo.

"Mas o grande mistério para mim era encontrar os motivos que tornam a pessoa que tem a vida ameaçada em alguém com felicidade plena; afinal, era freqüente encontrar pacientes com doença incurável que se diziam mais felizes", explica o médico, que arrisca uma explicação. "Acho que o instinto de sobrevivência começa a agir, a consciência da morte provoca um certo relaxamento na pessoa e estimula a necessidade de se viver bem o tempo que resta."

Ao escrever as histórias, Drauzio Varella preferiu relacionar as mais antigas para evitar a identificação das pessoas, cujos nomes foram preservados. "Como as histórias mais fortes acabaram sedimentadas em minha mente, muitas durante mais de 20 anos, concluí que eram as mais representativas", conta o médico, que começou a escrever o livro em 1981, mas o interrompeu porque, aos 38 anos, não acreditava ter uma compreensão profunda da vida.

UMA DICA PARA AS FÉRIAS ...

Diários de Motocicleta




Che Guevara (Gael García Bernal) era um jovem estudante de Medicana que, em 1952, decide viajar pela América do Sul com seu amigo Alberto Granado (Rodrigo de la Serna). A viagem é realizada em uma moto, que acaba quebrando após 8 meses. Eles então passam a seguir viagem através de caronas e caminhadas, sempre conhecendo novos lugares. Porém, quando chegam a Machu Pichu, a dupla conhece uma colônia de leprosos e passam a questionar a validade do progresso econômico da região, que privilegia apenas uma pequena parte da população.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

JONAS E LISA



Esta é a realidade de muitas pessoas que vivem bem pertinho de nós ... e muitas vezes não as enxergamos!
Vamos pensar nisto?

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

MÉDICOS SEM FRONTEIRAS



O Video traz uma entrevista com uma médica e uma psicologa dos Médicos Sem Fronteiras.
Serve como uma boa reflexão do que é ser profissional de saude!

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

CIDADÃO DO MUNDO



O filósofo Sócrates, ao ser questionado sobre sua pátria, dizia que era um “cidadão do mundo”. Esta frase sempre me marcou muito, em especial quando vejo a situação caótica em que vivem milhões e milhões de seres humanos – tão humanos quanto eu ou qualquer outra pessoa!

Quando olho para a situação da África (que, epidemiologicamente falando, parece ter parado no século XIX, onde as pessoas ainda morrem de doenças de muito fácil controle nos países mais desenvolvidos – o que eu sinto é uma imensa vergonha.

Hoje os olhos do mundo se voltam para o Haiti – lugar, aliás, que nunca deveríamos ter desviado o olhar. Este pequeno país, que conta com pouco mais de 10 milhões de habitantes – sempre teve como sua mais marcante característica a miséria absoluta da grande maior parte da sua população. Na verdade, o terremoto que destruiu sua principal cidade (Porto Príncipe) agrava em muito uma situação já marcadamente caótica deste povo. O que antes era uma situação de grande miséria, agora torna-se uma situação de total desolação. Não bastasse a dor da perda dos entes queridos e dos lares, a população já tão sofrida tem que enfrentar a fome, a sede, a violência, as doenças que advém como decorrente do terremoto – como se já não bastassem as doenças da miséria, da falta de saneamento, da falta de recursos mínimos.

Neste momento, volto a pensar em Sócrates! Preciso ir alem dos meus limites geográficos e me ver como cidadã do mundo. Não tenho muito a fazer diante da situação caótica dos haitianos. Mas posso – e devo! – aprender com ela.
Temos, pertinho de nós, pequenos haitis. São milhares de pessoas – muitas crianças e idosos que ainda mais fragilizados – que necessitam de nossa compaixão, de nosso olhar, de nosso cuidado. Para muitos, a miséria, a pobreza, da desigualdade representa apenas um número distante da realidade. Para outros tantos, pessoas nesta situação de exclusão, representam uma ameaça, um risco. Há ainda os que se quer chegam a enxergar esta situação, vivendo numa situação de total alienação. Não sei de quem me compadeço mais: se dos excluídos e miseráveis ou se dos alienados covardes. Só tenho uma certeza: ambos precisam de ajuda: cada um dentro de sua necessidade!

Talvez seja bem mais fácil estar ao lado dos excluídos e miseráveis! Pois destes sabemos quais suas carências, suas necessidades. Temos meios de cuidar e minimizar as disparidades – por mais que isso seja um grande desafio! Já os alienados covardes, diante destes o desafio é bem maior! As carências são de natureza mais complexa; parece faltar-lhes, muitas vezes, o que nos dá a característica de SER HUMANO. Falta-se a compaixão, a capacidade de se sensibilizar com a dor e sofrimento do outro ...

É vendo-me como cidadã do mundo que me sinto na obrigação moral de fazer algo diante desta caótica situação! E diante da impossibilidade de estar lá no “nosso Haiti”, sigo na minha já assumida missão: ser gente que cuida de gente seja no Haiti ou em qualquer outro canto desta nossa casa que se chama planeta Terra.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

O QUE FAZ BEM PARA A MINHA SAÚDE?




Acho a maior graça. Tomate previne isso,cebola previne aquilo, chocolate faz bem, chocolate faz mal, um cálice diário de vinho não tem problema, qualquer gole de álcool é nocivo, tome água em abundância, mas não exagere...

Diante desta profusão de descobertas, acho mais seguro não mudar de hábitos.

Sei direitinho o que faz bem e o que faz mal pra minha saúde.

Prazer faz muito bem.
Dormir me deixa 0 km.
Ler um bom livro faz-me sentir novo em folha.
Viajar me deixa tenso antes de embarcar, mas depois rejuvenesço uns cinco anos.
Viagens aéreas não me incham as pernas; incham-me o cérebro, volto cheio de idéias.
Brigar me provoca arritmia cardíaca.
Ver pessoas tendo acessos de estupidez me
embrulha o estômago.
Testemunhar gente jogando lata de cerveja pela janela do carro me faz perder toda a fé no ser humano.
E telejornais... os médicos deveriam proibir - como doem!
Caminhar faz bem, dançar faz bem, ficar em silêncio quando uma discussão está pegando fogo,
faz muito bem! Você exercita o autocontrole e ainda acorda no outro dia sem se sentir arrependido de nada.
Acordar de manhã arrependido do que disse ou do que fez ontem à noite é prejudicial à saúde!
E passar o resto do dia sem coragem para pedir
desculpas, pior ainda!
Não pedir perdão pelas nossas mancadas dá câncer, não há tomate ou mussarela que previna.
Ir ao cinema, conseguir um lugar central nas fileiras do fundo, não ter ninguém atrapalhando sua visão, nenhum celular tocando e o filme ser espetacular, uau!
Cinema é melhor pra saúde do que pipoca!
Conversa é melhor do que piada.
Exercício é melhor do que cirurgia.
Humor é melhor do que rancor.
Amigos são melhores do que gente influente.
Economia é melhor do que dívida.
Pergunta é melhor do que dúvida.
Sonhar é melhor do que nada!

Luiz Fernando Verissímo

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

FELIZ ANO NOVO



"Bendito quem inventou o belo truque do calendário, pois o bom da segunda-feira, do dia 1º do mês e de cada ano novo é que nos dão a impressão de que a vida não continua, mas apenas recomeça..."



Mário Quintana

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

ORGANIZA O NATAL





Carlos Drummond de Andrade

Alguém observou que cada vez mais o ano se compõe de 10 meses; imperfeitamente embora, o resto é Natal. É possível que, com o tempo, essa divisão se inverta: 10 meses de Natal e 2 meses de ano vulgarmente dito. E não parece absurdo imaginar que, pelo desenvolvimento da linha, e pela melhoria do homem, o ano inteiro se converta em Natal, abolindo-se a era civil, com suas obrigações enfadonhas ou malignas. Será bom.

Então nos amaremos e nos desejaremos felicidades ininterruptamente, de manhã à noite, de uma rua a outra, de continente a continente, de cortina de ferro à cortina de nylon — sem cortinas. Governo e oposição, neutros, super e subdesenvolvidos, marcianos, bichos, plantas entrarão em regime de fraternidade. Os objetos se impregnarão de espírito natalino, e veremos o desenho animado, reino da crueldade, transposto para o reino do amor: a máquina de lavar roupa abraçada ao flamboyant, núpcias da flauta e do ovo, a betoneira com o sagüi ou com o vestido de baile. E o supra-realismo, justificado espiritualmente, será uma chave para o mundo.

Completado o ciclo histórico, os bens serão repartidos por si mesmos entre nossos irmãos, isto é, com todos os viventes e elementos da terra, água, ar e alma. Não haverá mais cartas de cobrança, de descompostura nem de suicídio. O correio só transportará correspondência gentil, de preferência postais de Chagall, em que noivos e burrinhos circulam na atmosfera, pastando flores; toda pintura, inclusive o borrão, estará a serviço do entendimento afetuoso. A crítica de arte se dissolverá jovialmente, a menos que prefira tomar a forma de um sininho cristalino, a badalar sem erudição nem pretensão, celebrando o Advento.

A poesia escrita se identificará com o perfume das moitas antes do amanhecer, despojando-se do uso do som. Para que livros? perguntará um anjo e, sorrindo, mostrará a terra impressa com as tintas do sol e das galáxias, aberta à maneira de um livro.

A música permanecerá a mesma, tal qual Palestrina e Mozart a deixaram; equívocos e divertimentos musicais serão arquivados, sem humilhação para ninguém.

Com economia para os povos desaparecerão suavemente classes armadas e semi-armadas, repartições arrecadadoras, polícia e fiscais de toda espécie. Uma palavra será descoberta no dicionário: paz.

O trabalho deixará de ser imposição para constituir o sentido natural da vida, sob a jurisdição desses incansáveis trabalhadores, que são os lírios do campo. Salário de cada um: a alegria que tiver merecido. Nem juntas de conciliação nem tribunais de justiça, pois tudo estará conciliado na ordem do amor.

Todo mundo se rirá do dinheiro e das arcas que o guardavam, e que passarão a depósito de doces, para visitas. Haverá dois jardins para cada habitante, um exterior, outro interior, comunicando-se por um atalho invisível.

A morte não será procurada nem esquivada, e o homem compreenderá a existência da noite, como já compreendera a da manhã.

O mundo será administrado exclusivamente pelas crianças, e elas farão o que bem entenderem das restantes instituições caducas, a Universidade inclusive.

E será Natal para sempre



Texto extraído do livro "Cadeira de Balanço", Livraria José Olympio Editora - Rio de Janeiro, 1972, pág. 52.

ESCOLA DA VIDA


“...Mas a vida é maior que a gente. A escola da vida é maior que a estreita sala de aula onde muitas vezes nos confinamos por gosto; a vida também é o pátio, a rua. A vida é a professora, aquela que nos recebia à porta da escola com um sorriso. A vida é sábia porque passa; como um rio, ora tranqüilo, ora caudaloso, vai fluindo, assim também corre a vida. O rio parece o mesmo nome; mas as suas águas nunca são as mesmas. O rio, como a vida, se renova. E esta é a lição que a vida, por ser vida, nos ensina: que é preciso renovar-se.”

LUIZ FERNANDO VERÍSSIMO

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

MITO DO CUIDADO


"Certo dia, ao atravessar um rio, Cuidado viu um pedaço de barro. Logo teve uma idéia inspirada. Tomou um pouco de barro e começou a dar-lhe forma. Enquanto contemplava o que havia feito, apareceu Júpiter.

Cuidado pediu-lhe que soprasse espírito nele. O que Júpiter fez de bom grado.

Quando, porém Cuidado quis dar um nome à criatura que havia moldado, Júpiter o proibiu. Exigiu que fosse imposto o seu nome.

Enquanto Júpiter e o Cuidado discutiam, surgiu, de repente, a Terra. Quis também ela conferir o seu nome à criatura, pois fora feita de barro, material do corpo da terra. Originou-se então uma discussão generalizada.

De comum acordo pediram a Saturno que funcionasse como árbitro. Este tomou a seguinte decisão que pareceu justa:

"Você, Júpiter, deu-lhe o espírito; receberá, pois, de volta este espírito por ocasião da morte dessa criatura.

Você, Terra, deu-lhe o corpo; receberá, portanto, também de volta o seu corpo quando essa criatura morrer.

Mas como você, Cuidado, foi quem, por primeiro, moldou a criatura, ficará sob seus cuidados enquanto ela viver.

E uma vez que entre vocês há acalorada discussão acerca do nome, decido eu: esta criatura será chamada Homem, isto é, feita de húmus, que significa terra fértil".

domingo, 25 de outubro de 2009

PLAGIO NOS TRABALHOS CIENTÍFICOS


Um dos problemas mais graves que temos hoje no meio acadêmico á a prática de cópias para a elaboração de trabalhos - com muita frequência, cópias de artigos ou sites da Internet.
vamos combinar uma coisa: a internat é, sem dúvida, o maior avanço técnológico da atualidade! Mas, este avanço pode ser usado para o bem ou para o mal!
A prática de cópias ou plágio é crime! E é um grave problema que atinge hoje a produção científica.
O Jornal O Glogo de hoje trouxe uma reportagem interessane (e preocupante) sobre isso! Vale a pela conferir ... clique aqui para ler a reportagem!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

DIA DO MESTRE



" O nascimento do pensamento é igual ao nascimento de uma criança: tudo começa com um ato de amor. Uma semente há de ser depositada no ventre vazio. E a semente do pensamento é o sonho. Por isso os educadores, antes de serem especialistas em ferramentas do saber, deveriam ser especialistas em amor: intérpretes de sonhos."
( Rubem Alves )

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

4º Simpósio Nacional "O Cuidar em Saúde e Enfermagem"


O 4º Simpósio Nacional "O Cuidar em Saúde e Enfermagem", promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), em parceria com os Programas de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), trará como tema central "A Pedagogia do Cuidar em Saúde e Enfermagem.


Para maiores informações, clique aqui.

domingo, 4 de outubro de 2009

Vender Reméio Faz bem ... para o bolso



Venda de remédios cresce 12,5% e atrai grandes investidores. País já tem 60 mil farmácias, dobro do recomendado


RIO - Um país com quase 60 mil farmácias do Oiapoque ao Chuí - leia-se: o dobro do número de lojas recomendado por especialistas. Ainda que o Brasil tenha mais drogarias do que padarias (52,5 mil) e as escolas de nível médio (25,7 mil), esse setor despertou o interesse de investidores consagrados, como o Fundo Gávea, do ex-presidente do Banco Central Arminio Fraga - que comprou parte da Droga Raia - e o BTG Pactual, do banqueiro André Esteves - que arrematou a Farmais há cerca de dez dias - além de grupos estrangeiros e até de grandes redes de supermercados. Não à toa. As farmácias são um negócio altamente rentável e devem encerrar 2009 com faturamento de R$ 31,5 bilhões ou 12,5% acima dos R$ 28 bilhões do ano passado. Essas cifras sobem com a frouxa fiscalização do segmento, com o hábito do brasileiro de se automedicar e o avanço de renda das famílias, especialmente das classes C e D, como mostra reportagem do GLOBO de Fabiana Ribeiro e Erica Ribeiro.

- É um negócio rentável, tem margem garantida, volume crescente, é imune à crise. Em mercados maduros, como Europa e EUA, não há mais espaço para crescer. O Brasil é a bola da vez. Há projeções de dobrar o faturamento do setor nos próximos cinco anos. Para o consumidor, isso representa preços menores, pois o maior número de lojas e redes acirra a disputa no setor - disse Edison Tamascia, presidente da Federação Brasileira das Redes Associativistas de Farmácias (Febrafar).

Rio tem 2 mil farmácias além do que deveria
Na avaliação de Paulo Oracy Azeredo, presidente do Conselho Regional de Farmácia do Rio, há um excesso de farmácias no país.

- A Organização Mundial de Saúde recomenda que para cada quatro mil habitantes exista uma farmácia. Fazendo essa conta, o Estado do Rio tem hoje 5,6 mil farmácias, enquanto deveria ter 3,6 mil em funcionamento. Isso acontece porque a Lei 5.991, de 1973, permite que a abertura de uma farmácia seja feita como a de qualquer negócio do comércio. Mas está havendo um aperto da legislação - diz Azeredo, acrescentando que o atual modelo de farmácias acaba incentivando a automedicação. - O sistema "pegue e pague" impede o uso racional do medicamento, que deve ter a orientação de um farmacêutico.

O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Dirceu Raposo de Mello, também tem a opinião pessoal de que o país tem mais farmácias do que deveria. Porém, segundo ele, se todas as farmácias do país atendessem corretamente à legislação, o número de estabelecimentos não importaria tanto. Segundo ele, a automedicação se combate qualificando os serviços e o atendimento.

- É desta forma que se constrói a cultura de que o medicamento deve ser consumido com orientação. A escolha é sempre do consumidor, mas ele tem direito a ser bem orientado.


O Globo em 04/10/2009